Síndrome do Entardecer / Foto: Divulgação
Pessoas com a doença de Alzheimer são mais propícias a desenvolverem a síndrome do entardecer, ou conhecida também, como síndrome do pôr-do-sol, mas não é porque o idoso desenvolve um quadro de síndrome demencial que necessariamente apresentará esta patologia. Estima-se que de 20 a 30% desenvolvem alguns dos fatores característicos.
Mas o que é a Síndrome do Entardecer?
Idosos portadores de síndromes demenciais, principalmente a doença de Alzheimer, geralmente por volta das 17h, apresentam muita agitação, irritabilidade, mudanças de humor, alucinações ou delírios, aumento da confusão mental, desorientação, medos e receios.
Podem manifestar também, o desejo de “ir para casa”. Isso ocorre com os idosos institucionalizados em casas de repouso, como como os que moram em suas próprias casas ou de familiares.
O idoso não reconhece o local em que está por conta da confusão mental, e repetidamente solicita “ir para casa” ou que alguém o busque.
Sendo assim, por esses fatores aparecerem ao fim do dia, quando o sol começa a se pôr, que se denomina Síndrome do Entardecer.
Papel dos cuidadores no momento da manifestação da Síndrome do Entardecer
A paciência é o fator mais importante que o cuidador, seja um profissional ou familiar, tem que ter. Mostrar objetos de uso pessoal, ou apresentar a casa ao idoso, pode acalma-lo e convencê-lo de que está no local do qual ele busca estar.
Por vezes, o idoso não se convence de que está no local correto, agita-se e pode querer fugir, nessa hora é importante manter a calma, pegá-lo para dar uma volta, seja de carro ou a pé, isso fará com que se distraia, e acalme-se.
Do contrário, “perder a cabeça”, se irritar ou discutir com o idoso só acentuará ainda mais o quadro, e ele poderá mostrar-se agressivo com o cuidador ou consigo mesmo.
Causas da Síndrome do Entardecer
As causas não são totalmente esclarecidas. Na maioria das vezes, aparece na fase moderada da doença de Alzheimer.
Ocasionalmente, o cansaço ao final do dia, ou o fato de haver uma alteração do relógio biológico (perder a noção de dia e noite), ou uma mudança abrupta de rotina, pode justificar o aumento dos fatores desencadeantes da síndrome, mas não há evidências ou estudos que comprovem isso.
Existe tratamento para a Síndrome do Entardecer?
A luminosidade, ou seja, a exposição a luz, é o tratamento que melhor ajuda a combater a síndrome do entardecer, pois ajuda a deixar o idoso menos confuso, mais orientado e calmo.
Portanto, ao entardecer, deixe as luzes do ambiente acesas, intensifique as luzes, e não espere o anoitecer para isso, assim, o idoso não terá uma mudança brusca do relógio biológico já que ele perde a distinção do dia e noite.
Medicamentos não são recomendados para o tratamento, mas dependendo do nível de agitação do idoso, e o prolongamento, é necessário o uso dos mesmos, até mesmo para seu bem-estar e segurança.
Prevenção da Síndrome do Entardecer
Algumas dessas dicas e estratégias abaixo podem ajudar a prevenir, ou pelo menos amenizar, os sintomas da síndrome do entardecer:
– Uma boa rotina, tanto da higiene pessoal como do sono;
– Caminhadas e exercícios a luz do dia para estimular o sono noturno;
– Evitar ruídos e barulhos, como conversas e televisões, ao entardecer e à noite;
– Limitar os cochilos ao longo do dia;
– Desenvolver atividades recreativas e cognitivas (inclusive para o final da tarde);
– Evitar cafeína e açúcares ao longo do dia, principalmente, ao fim da tarde;
– Evitar luz fraca, ainda mais se o ambiente for desconhecido;
– Colocar músicas suaves e calmantes à noite.
Dessa forma, os riscos de maiores agitações e confusões podem ser amenizados, e trará mais conforto e qualidade de vida ao idoso.
Procure ajuda
A síndrome do entardecer causa um estresse e um desgaste emocional muito grande tanto no idoso como em seu cuidador.
Por fim, é de fundamental importância procurar ajuda especializada, seja um geriatra, um neurologista ou um psicólogo especializado em idosos.
Somente eles poderão avaliar precisamente os fatores e orientar sobre condutas e tratamentos mais propícios a cada situação, tanto para o idoso como para seu cuidador.
Catia Coelho: Administradora de empresas e Diretora da Vila Vida.
Excelente texto!
Informações muito úteis!
Infelizmente, muito comum nos idosos.
Achei muito bom o texto
esclarecedor e bem explicativo.
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Muito legal
Todos devem ter acesso a informações tão importantes como estas.
Texto ótimo, muito bem detalhado.
Não conhecia a síndrome e achei muito enriquecedor! Conhecimento sempre engrandece! Parabéns pelo texto.
Uma constante principalmente nos idosos com déficit cognitivo.
Excelente texto.?
Super interessante esse informação. quando adquirimos o conhecimento damos a melhor assistência aos nossos idosos colocando em pratica o que aprendemos através deste post. obrigada !
Muito interessante esse post, pois até então não tinha conhecimento desse tema, entrei na área da saúde alguns meses e é sempre de muita importância esses textos para agregarmos nossos conhecimentos e assim atendermos da melhor maneira nossos pacientes.
Já havia ouvido falar desta síndrome, mas pensei que seria apenas um termo usado pelos profissionais da área para definir essas alterações. Muito bom ter acesso a essas informações.
Com essas informações nós conseguimos aprender mais cada dia .
Excelente!!
São informações assim que enriquecem nosso conhecimento.
O post foi muito bem elaborado, muito interessante, abordando muito bem o tema
Excelente! Muito bom ter acesso a essas informações que a equipe vila vida nos oferece.
Excelente texto.
Excelente texto!
Parabéns …excelente esclarecimento sobre o tema..
Obrigada por compartilhar !!!
Excelente texto, muito esclarecedor.
Meu marido tem DFT e eu acreditava que era por ficarmos sozinhos ou por causa do edema nas pernas.
Agora entendi melhor o caso.
Obrigada a vocês e ao médico que me indicou o texto.
Vou repassar. Obrigada!
Amei!!! Obrigada
Muito bem explicado. Estou acompanhando uma senhora que está apresentando todos estes sintomas. Até novembro de 2022 eram episódios esporádicos. No entanto agora em fevereiro de 2023 está acontecendo praticamente todos os dias. Os episódios começam devagar a partir das 17 horas e vão se agravando. Sai fechando todas as janelas, cortinas, portas. Fala que está fechando pq estamos indo embora pra casa dela. Outras vezes pega a bolsa e quer sair pra visitar a prima (já falecida). Ela é um doce de pessoa, mas durante os episódios fica irritada, semblante fechado. Eu como cuidadora profissional sei exatamente como agir. Converso , levo pra sala, coloco música clássica (ela tocava piano), acendo as luzes, chamo pra jogar baralho, fazer palavras cruzadas. No entanto,os familiares não ajudam. Chamam pra assistir programação de esportes e/ou lutas e falam sem parar na cabeça dela no intuito de fazê-la se acalmar. Porém só agrava. Estes episódios têm durado mais de 3 horas com pequenas interrupções.
Bom dia Nelly, obrigado pela sua contribuição.
Você está adotando uma conduta bastante adequada. Continue, mesmo que os familiares não entendam.
Tente explicar para eles.
Talvez, você possa indicar a leitura deste post (compartilhar o link, por exemplo).
Ou abordar o tema e pedir para eles pesquisarem sobre o assunto.
O importante é tentar levar o conhecimento a todos que participam do dia a dia da idosa.
Abraços!
Muito interessante essa explicação.
Nunca ouvi falar dessa Síndrome.
Eu a tenho, nuca pensei que fosse uma síndrome.
Desde os seis anos de idade, quando vai chegando o anoitecer,
Fico apática, melancia, medo de tudo. Uma sensação de vasio.
Sempre me incomodou, porém nunca busquei ajuda.
Tento fazer algo que me preencha, cozinhar, passar roupa, ter visita, isso que me ajuda.
Caminhar, ler, ouvir música, entre 17:30/19:30 horas, me deixa ainda pior.
Tenho 66 anos, agora sei que é uma síndrome, posso me orientar melhor.
Interessante, eu em algumas ocasiões, principalmente quando estou muito preocupado, ao se aproximar o entardecer, sinto uma enorme vontade de retornar para casa, sobretudo quando estou só, ao volante, ou mesmo a caminho de casa.
Mas desconhecia a existência desta síndrome.
Eu cuido de minha mãe com 89 anos já com alzheimer,mas até então tinha dificuldades, mas agora sei como agir,me sentia irritado, comigo mesmo,sem saber como agir,com minha mãe, comecei a pesquisar sobre o assunto alzaimer, estou mas tranquilo.obrigado a vocês…
Eu cuido de minha mãe com 89 anos já com alzheimer,mas até então tinha dificuldades, mas agora sei como agir..
Minha mãe quase toda noite fica assim querendo ir embora pra casa dela, sendo que aonde ela está e a casa dela fica muito nervosa xinga eu a minha irmã tem dia que ficamos até 4 horas da manhã tentando fazer com que ela deita ela fala que aquela casa não é dela e de outras pessoas, só sei que não é fácil não nos não sabemos o que fazer mais, será que tem algo que possamos fazer pra que ela melhore um pouco isso
Orientações preciosas.
Execelente descrição dos sintomas e efeitos da síndrome do entatdecer. Muito carinho, paciência, amor, respeiro e alternatvas diversas de entretenimento como jogos simples, tipo naipe de baralho , leituras e passeios de carro.
Parabéns pelo trabalho que certamente irá ajudar muitos idosos e suas famílias.
Interressante. Meu sogro tem 84 anos é acamado e sego a muitos anos. Não dorme a noite nem com remedio de controle, falamonte de coisas repetidas, fica chamando um homem que ja morreu há muitos anos e fica mandando abrir a porta do milagre.
Minha vó está morando com meus pais, pois a a filha cuidadora dela morreu, então ela tem tido crises de querer “ir embora pra casa” e reclama dos muros, pois na casa dela eram muros mais baixos, porém tem tido crises diárias sempre no turno da tarde em horários mais cedo que o pôr do sol também.
Ela diz repetidamente: “Eu quero a minha casa” se não me