Insuficiência Cardíaca

Insuficiência Cardíaca / Foto: Divulgação 

 

Incidência da Insuficiência Cardíaca

O crescente envelhecimento populacional associado ao sedentarismo e aos hábitos de vida inadequados favoreceram o crescimento do número de doenças cardiovasculares, sendo a Insuficiência Cardíaca (IC) uma das principais causas de mortalidade.

A insuficiência cardíaca afeta cerca de 1% a 3% da população adulta, incidindo de forma progressiva com o aumento da idade, atingindo mais de 10% acima dos 70 anos.

 

O Coração

O Coração é um órgão muscular que por meio da sua contração, garante o bombeamento do sangue para as diferentes partes do corpo.

Este bombeamento é fundamental para que nutrientes e oxigênio cheguem a todas as células e que os resíduos do metabolismo sejam levados até locais adequados para sua eliminação.

Problemas funcionais e/ou estruturais por consequência de doenças anteriores ou atuais, podem provocar lesões ou sobrecarga ao coração, comprometendo a capacidade de bombeamento do sangue para o resto do corpo, assim desenvolvendo a insuficiência cardíaca, sendo a mesma uma síndrome causada por um distúrbio ou perda do músculo cardíaco.

A insuficiência cardíaca é uma doença com sintomas que se desenvolvem lentamente podendo ser subestimada, dificultando o diagnóstico, entretanto existem casos em que ela se desenvolve repentinamente, podendo afetar apenas um lado do coração, sendo chamada de insuficiência cardíaca direita ou esquerda, ou ambos lados, sendo esse caso mais raro. Embora não atinja os dois lados do coração inicialmente, ambos acabam sendo afetados com o passar do tempo.

 

Tipos de Insuficiência Cardíaca

  • Sistólica: quando o coração não consegue se esvaziar adequadamente;
  • Diastólica: quando ele não consegue se encher adequadamente;
  • Insuficiência Cardíaca Aguda: quando se instala subitamente devido a um infarto, arritmia;
  • Insuficiência Cardíaca Crônica: é desenvolvida ao longo dos anos devido à pressão alta, por exemplo, sendo o tipo mais comum da insuficiência;
  • Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): Ocorre acúmulo de líquido em outros órgãos.

 

Fatores de risco

Alguns fatores de risco que podem ocasionar um quadro de IC, são:

  • Pressão alta (hipertensão);
  • Ataque cardíaco (infarto do miocárdio);
  • Válvulas cardíacas anormais;
  • Aumento do coração (cardiomiopatia);
  • Infecções;
  • Anemia;
  • Obesidade;
  • Histórico familiar de doença cardíaca;
  • Diabetes.

 

Principais sintomas

Os sintomas da insuficiência cardíaca em sua fase inicial podem ser silenciosos e até mesmo interpretados erroneamente como “sinais do envelhecimento”, sendo alguns deles o cansaço e falta de ar ao realizar atividades simples do cotidiano, como subir escadas ou realizar uma caminhada.

Outros sintomas relatados são:

  • Dor ou desconforto no peito;
  • Inchaço dos pés e pernas;
  • Falta de energia;
  • Sensação de cansaço;
  • Dificuldade de dormir à noite devido a problemas respiratórios;
  • Abdome inchado ou mole;
  • Perda de apetite;
  • Tosse excessiva durante a noite;
  • Aumento da micção durante a noite, entre outros.

Sendo assim, na presença de alguns desses sintomas, é indicado procurar um médico cardiologista.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico, deve ser feito por meio da anamnese e exame físico, podendo ser auxiliado por exames complementares, como o ecocardiograma.

 

Tratamento

O tratamento varia conforme a causa, os sintomas, as complicações clínicas e o estágio da doença.

O primeiro passo é a mudança no estilo de vida, embora o índice de cura seja muito pequeno. Em grande parte dos casos, a pessoa convive bem com a doença, desde que haja um acompanhamento médico, pois, o tratamento inclui o uso de medicamentos, mudança de hábitos, como restringir determinados alimentos e atividade física.

Ao contrário do que era recomendado até pouco tempo atrás, de que a pessoa com insuficiência cardíaca teria que permanecer em repouso, agora, a prática de exercício físico é um dos principais “remédios”, desde que, prescritos de forma individualizada e com responsabilidade.

Quando o paciente não responde a esses tipos de tratamentos conservadores, ele é submetido a tratamentos mais invasivos como a cirurgia de revascularização do coração (colocação de pontes), marcapasso e até mesmo, o transplante cardíaco.

Embora haja tratamento, uma das coisas mais importantes com relação a essa doença é a prevenção, evitar que a insuficiência aconteça é o principal objetivo.

 

 

Franciele Moura: Profissional com experiência em reabilitação gerontológica e neurológica no adulto e fisioterapeuta na Vila Vida.

 

 

Referências Bibliográficas

  1. AGUIAR MIF, FARIAS DR, PINHEIRO ML, CHAVES ES, ROLIM ILTP, ALMEIDA PC. Qualidade de vida de pacientes submetidos ao transplante cardíaco aplicação da escala Whoqol-Bref. Sociedade brasileira de cardiologia, São Luís, MA, 96, 1, 66-67, 2011;
  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v. 111, n. 3, p. 436-539;
  3. SOUSA, M. M.; et al. Associação das condições sociais e clínicas à qualidade devida de pacientes com insuficiência cardíaca. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre, v. 38, n. 2, 2017.

 

 

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