Doenças crônicas

 

O que são doenças crônicas não transmissíveis?

Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) se caracterizam por um conjunto de patologias de múltiplas causas, de início gradual, com prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração.

Elas podem ser silenciosas ou sintomáticas e, geralmente, são levadas por toda a vida. Têm origem não infecciosa e podem resultar em incapacidade funcional. Acometem Indivíduos de todas as idades e nacionalidades.

As doenças crônicas não transmissíveis DCNT são responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes no mundo, estimando-se 38 milhões de mortes anuais, com prevalência em pessoas menores de 70 anos de idade, e as que vivem em países subdesenvolvidos, de baixa renda.

Sendo assim, são consideradas um dos principais desafios de saúde pública da atualidade, prejudicando o desenvolvimento global.

 

Principais DCNTs

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais DCNTs são;

• Cardiovasculares (hipertensão e doenças isquêmicas do coração);
• Doenças respiratórias crônicas;
• Câncer;
• Obesidade;
• Diabetes.

 

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCNTs são os genéticos, os fisiológicos, os ambientais e os comportamentais.

Podem ser classificados como modificáveis ou não modificáveis.

Alguns exemplos de fatores modificáveis:

• Ingestão de álcool em grandes quantidades;
• Tabagismo;
• Sedentarismo;
• Alimentação não saudável;
• Estresse elevado;
• Obesidade;
• Níveis de colesterol elevados.

Alguns exemplos de fatores não modificáveis:

• Idade;
• Hereditariedade;
• Sexo;
• Raça.

 

Cuidados

Caso a pessoa apresente alguma dessas disfunções crônicas e/ou os fatores de risco supracitados, é necessário que procure assistência médica para compreender sua doença e as possibilidades de tratamento.

Infelizmente, para esses tipos de doenças crônicas não existe fórmula mágica, e sim uma importante tomada de decisão.

O corpo precisa se manter ativo. Precisamos manter uma alimentação adequada, estar sempre em busca de uma rotina saudável.

Mesmo que não haja cura, as mudanças tanto físicas quanto comportamentais, auxiliam no alívio dos sintomas e no prolongamento da expectativa de vida.

 

Atuação da fisioterapia

A fisioterapia entra como grande aliada no tratamento e prevenção de doenças crônicas, com sessões individualizadas, respeitando seu estado de saúde e suas limitações.

Após uma avaliação criteriosa, o profissional prescreverá um tratamento através de exercícios, orientações e incentivo ao autocuidado.

A atividade física regular traz muitos benefícios para saúde, ativando diversos mecanismos no organismo, reduzindo inflamações sistêmicas, aumentando o sistema imunológico, controlando o sistema hormonal, ganho de massa muscular e aumento da aptidão física e cardiorrespiratória, assim beneficiando o controle da hipertensão, diabetes, redução e controle do peso corporal.

Podemos concluir que a prevenção é o melhor tratamento para doenças crônicas.

 

“A mudança acontece por meio do movimento e o movimento cura.”

Joseph Pilates

 

 

Franciele Moura: Profissional com experiência em reabilitação gerontológica e neurológica no adulto e fisioterapeuta na Vila Vida.

 

 

 

Referências

• Alves LC, Leimann BCQ, Vasconcelos MEL, Carvalho MS, Vasconcelos AGG, Fonseca TCO, Lebrão ML, Laurenti R. A influência das doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saude Publica 2007; 23(8):1924-1930.

• BIELEMANN, R. M.; SILVA, S. G.; BORGES, T. T.; DUCA, G. F. Del.; KREMER, M. M.; HALLAL, P. C.; ROMBALDI A. J.; AZEVEDO, M. R. Conhecimento de adultos sobre o papel da atividade física na prevenção e tratamento de diabetes hipertensão: estudo de base populacional no Sul do Brasil. Cad. Saúde Publica, Rio de Janeiro, 25(3): 513-520, mar, 2009.

• BREVIDELLI MM, Fatores de risco para doenças crônicas entre participantes do programa vivendo com estilo e saúde. Instituto de ciência da saúde UNIP, São Paulo, 2017.

• Fatores de riscos para doenças crônicas não transmissíveis 2018. Disponível em: https://saude.curitiba.pr.gov.br/vigilancia/epidemiologica/vigilancia. > Acesso 08 fevereiro 2023.

 

 

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