Esclerose Múltipla


Esclerose Múltipla / Foto: Divulgação

 

Introdução

A esclerose múltipla (EM) se trata de uma doença neurológica, autoimune, crônica, degenerativa e de característica desmielinizante (que afeta as fibras do sistema nervoso central – SNC).

Isso ocorre pois o sistema imunológico interpreta o próprio organismo como agente estranho, agredindo-o e causando destruição da bainha de mielina (parte do neurônio, que conduz os impulsos nervosos), prejudicando a condução nervosa, trazendo alterações no movimento e em outras funções do organismo.

Seus sintomas geralmente aparecem entre os 20 e 40 anos de idade, acometendo predominante as mulheres na proporção de aproximadamente 2:1.

 

Tipos de Esclerose Múltipla

A EM pode ser classificada em três tipos:

  • Recidivante: pacientes que apresentam surtos claramente definidos com remissão completa ou incompleta, mantendo períodos sem progresso entre os surtos;
  • Secundária progressiva: curso inicial surto-remissão que posteriormente é sucedido por progressão com ou sem surtos ocasionais, discretos;
  • Progressiva primária: pacientes que apresentam curso progressivo desde o início.

 

Principais sintomas

  • Contraturas (rigidez muscular localizada);
  • Espasmos reflexos (puxões);
  • Espasticidade (rigidez muscular em um grupo maior de músculos);
  • Alteração da marcha;
  • Fadiga;
  • Déficit de equilíbrio;
  • Tremor intencional (ao iniciar algum movimento);
  • Dificuldade de deglutir e respirar;
  • Parestesia (alteração de sensibilidade, como formigamento);
  • Diplopia (visão dupla).

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Tratamento

O tratamento da doença tem como objetivo o controle dos sintomas motores característicos, ou seja, atenuar o processo inflamatório que ocorrem durante os surtos, bem como preveni-los.

No tratamento terapêutico a conduta é a utilização de agentes imunossupressores e imunomoduladores.

Já as condutas fisioterapêuticas tem por objetivo minimizar as limitações impostas pela doença, maximizando a capacidade funcional, viabilizando a qualidade de vida e prevenindo complicações debilitantes, independentemente do tipo clínico da EM.

A fisioterapia não reverte os danos neurológicos, porém atua nos sintomas, promovendo qualidade dos padrões do movimento, incentivando o aprendizado de habilidades motoras, atuando diretamente para manutenção da força muscular, da coordenação motora e do padrão de marcha, e por fim, trabalhando a estabilidade postural e a funcionalidade.

Cada paciente tem suas particularidades e, por esse motivo, a terapia deve ser adaptada continuamente, de acordo com os déficits de cada paciente.

 

 

Tainá Santos Brito: Fisioterapeuta, pós-graduada em neurologia clínica de reabilitação e fisioterapia intensiva adulto, mestranda em neurociência e fisioterapeuta da Vila Vida.

 

 

Referências bibliográficas

  1. PERREIRA G C. VASCONCELLOS THF. FERREIRA CMR. TEIXEIRA DG. Combinações de técnicas de fisioterapia no tratamento de pacientes com esclerose múltiplas, serie de casos.20,4,494-504.2012.
  2. RODRIGUES IF. NIELSON MBP. MARINHO AR. Avaliação da fisioterapia sobre o equilíbrio e a qualidade de vida em pacientes com esclerose múltiplas. 16,4,269-274,2008

 

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