Doença Psicossomática / Foto: Divulgação
Introdução
Aposto que se não aconteceu com você, conhece alguém que passa ou já passou por isso.
Doença psicossomática representa a enfermidade com sintomas físicos reais, mas que não são relacionados a lesões.
Sabe aquela enxaqueca que, quando investigada, não há causa aparente? Ou as dores musculares sem nenhuma lesão nervosa ou contusão? Um exemplo bastante conhecido de doença psicossomática é a fibromialgia.
Há muitos anos documenta-se doenças psicossomáticas com sintomas de dores, cegueiras, convulsões e até mesmo estado de coma.
Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) realizado em 15 países, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Brasil e Índia, mostrou que 20% dos cidadãos atendidos em serviços de atenção primária sofrem de algum grau de somatização, quer dizer, manifestam alguma aflição, trauma ou conflito psíquico por meio de doença corporal.
Prevalência
Este mesmo estudo mostrou que não há prevalência entre países pobres ou mais desenvolvidos, mostrando que qualquer classe social pode sofrer com a doença psicossomática.
Somatização
Em geral, corpo e mente funcionam bem, mas às vezes, a sobrecarga física ou emocional é tamanha, que causa desequilíbrio no funcionamento do corpo. Assim nasce a somatização.
E o que é ser saudável?
Um estado de completo bem estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade, inserida na Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS) no momento de sua fundação, em 1948, é uma clara expressão de uma concepção bastante ampla da saúde, para além de um enfoque centrado na doença.
Realidade
A realidade em que vivemos, cheia de imposições, modelos, estresse e falta de pragmatismo nos leva à tentativa constante de alcançar um lugar que talvez não seja o nosso.
Traumas e histórias que por vezes não recebem o peso que tem, representam o ser que somos. Somos expostos a situações muitas vezes fora de nosso controle, mas que achamos que temos que controlar.
Cada vivência deixa uma cicatriz e forma um traço de você mesmo.
Tratamento
Há várias maneiras de tratar as doenças psicossomáticas:
- Procure um médico;
- Pratique exercícios físicos;
- Faça fisioterapia;
- Tenha um hobbie;
- Se alimente bem;
- Se relacione, tenha amigos;
- Reserve um tempo para você;
- Conheça suas limitações;
- Saiba que muitas situações estão fora de seu controle.
O mais importante é não ser preconceituoso com quem sofre com uma doença psicossomática.
O sintoma não é inventado, ele existe sim, e muito claro.
Procure tratamento e viva bem!
Referências Bibliográficas
- Ávila A, Antonio 2018. Doenças do Corpo e Doenças da Alma
- Cruz Z, Marina 2011. PSICOSSOMÁTICA NA SAÚDE COLETIVA – Um Enfoque Biopsicossocial
- Buss P, Pellegrini Filho A 2007. A Saúde e seus Determinantes. PHYSIS. 17(1):77-93.
Thais Volcof: Fisioterapeuta, especializada em Clínica Médica para idosos, pós graduada em gerontologia e Coordenadora da Equipe Multidisciplinar da Vila Vida.
.
Maravilhoso obrigada Thaís por compartilhar informações valiosas
Excelente texto! Parabéns!
Informações importante que nos fazem entender e a ajudar a quem precisa.
Excelente texto! Parabéns!
Informações importante que nos fazem entender e a ajudar a quem precisa.
Cada conteúdo melhor do que o outro, muito bom se manter informado, pois a informação, gera conhecimento e qualidade de vida.
Texto muito importante ainda mais nos tempos difíceis que estamos vivendo. Obrigada por compartilhar sobre esse assunto ainda tão pouco difundido e muitas vezes neglenciado.
Muito bom, um tipo de informação que responde diretamente a dúvidas existente em relação a esse tipo de doença. Obrigada.
Ótimo texto.
Só acrescentando que a OMS define que o fator espiritual também faz parte do processo saúde.
Parabéns Thais.
Excelente explicação.
Ótimo trabalho, é de fundamental importância sabermos que somos um sistema orgânico, psíquico e espiritual e que o todo está nas partes assim como as partes estão no todo. Somos seres complexos.
Parabéns Thais pelo trabalho ,e dedicação.
Excelente texto, abordando um assunto tão importante, pois é mais comum do que imaginamos, mas infelizmente poucos conhecem.